Modelos e Teorias Atômicas


A  ciência é baseada em modelos científicos. Para isso é preciso observar estudar, levantar hipóteses para poder explicar e realizar experimentos para poder compreender. Após essa etapa, é preciso analisar dados para que se possa comprovar  a  hipótese ou ao menos verificar se ela é viável ou não e se for, essa hipótese passa a ser uma  TEORIA CIENTÍFICA que é um modelo explicativo.

Algumas teorias não podem ser testadas experimentalmente mas, por terem uma boa fundamentação teórica são aceitas pela sociedade.

Foi assim que nossos cientistas criaram diferentes modelos e teorias para poder explicar a natureza da matéria.

No século IV a.C., Aristóteles, filósofo grego, modificou a doutrina proposta e melhorada por filósofos gregos e considerou que a água, o fogo, a terra e o ar, representados por diferentes formas geométricas, seriam elementos fundamentais e poderiam se transformar uns nos outros pela mudança de suas propriedades e que se combinados origirariam novos materiais.

No século V a.C. , o filósofo grego Demócrito e seu discípulo Leucipo propuseram que a matéria não poderia ser dividida infinitamente, sendo que qualquer material seria dividido até o seu limite máximo e a partir daí se tornariam indivisíveis e  seriam chamados de átomos (= prefixo de negação, tomo = divisão). Essa teoria ficou conhecida como atomismo. Porém, apesar de todas as evidências, e estudos realizados também, por outros cientistas, essa teoria não foi aceita pela comunidade científica na época, pelo menos até a primeira metade do século XIX.

Em 1808, um cientista inglês chamado John Dalton publicou um livro contendo sua teoria sobre a constituição da matéria que se baseava em:
- A matéria é constituída de átomos, que são partículas indivisíveis e indestrutíveis;
- Todos os átomos de um elemento químico são idênticos em massa e propriedades;
- As substâncias são formadas pela combinação de diferentes átomos;
- As reações envolvem somente combinação, separação e rearranjo dos átomos, não havendo em seu curso nem a criação nem a destruição de átomos. 
Resumindo, Dalton propôs que o átomo seria indestrutível e também seria como uma bola maciça, como uma bola de bilhar, não sendo dotada de cargas elétricas.

Em 1833, o físico e químico inglês Michael Faraday, realizando procedimentos de eletrólise, observou que a quantidade de massa depositada de uma determinada substância era proporcional à quantidade de eletricidade empregada no experimento evidenciando a relação da eletricidade com a existência de alguma partícula.

Em 1891, o físico irlandês George Johnstone Stoney propôs para a unidade natural de eletricidade o nome de elétron e o cientista inglês William Crookes foi quem identificou essa partícula através de uma invenção de ampola de raios catódicos que continha em seu interior gás ou ar em baixa pressão que submetido a uma corrente elétrica  produzia raios luminosos que saiam de uma extremidade da ampola identificada como pólo negativo e caminhavam até a outra extremidade que era o pólo positivo, caracterizando um fluxo de moléculas.


Em 1898, o físico inglês John Thomson, realizou experimentos com a ampola de Crookes  e conclui que os raios catódicos são constituídos de cargas elétricas negativas, transportadas por partículas de matéria. Assim propôs que os elétrons seriam uma parte constituinte dos átomos e que o átomo seria uma esfera carregada positivamente, na qual estariam incrustados os elétrons com carga negativa. Esse modelo ficou conhecido como pudim de passas, onde o pudim seria a carga positiva do átomo e as passas seriam os elétrons incrustados nele.


No final do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford estudando a radioatividade descobriu que existem dois tipos de radiações distintos,  uma que é rapidamente Absorvida,  conhecida como radiação alfa  e outra   com maior poder de penetração,  conhecida como beta. Um novo modelo atômico foi idealizado com um átomo divisível,  onde teria duas regiões: uma central chamada núcleo constituído pela parte positiva, os prótons e por partículas sem carga,  e uma região ao redor da central denominada eletrosfera constituída pelas cargas negativas chamadas elétrons. Ele imaginou o seu modelo semelhante a um sistema solar, em que os elétrons girariam ao redor do núcleo, em órbitas como as planetárias.


Em 1913, o físico dinamarquês Niels Henrik David Bohr, propôs um novo modelo atômico após o estudo do espectro do åtomo de hidrogênio.  Aperfeiçoou o modelo atômico de Rutherford onde os elétrons se organizam na eletrosfera na forma de camadas ao redor do núcleo em órbitas circulares, designadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q  representando os 7 niveis de energia da eletrosfera. Cada órbita seria um nível de energia que teria uma determinada quantidade de elétrons, aunato mais proximo do núcleo,  menor sua energia e quanto mais afastado do núcleo maior sua energia. Um atomo tem seus elétrons nos níveis de energia mais baixos, mais próximos do núcleo. Se esse atomo, receber energia, sendo por exemplo aquecido, um elétron pode absorvê-la e mudar para um nivel de energia maior. Quando retornar para o nível de energia menor, esse elétron liberará a mesma quantidade de energia antes absorvida e poderá ser, por exemplo, na forma de luz.

Em 1932, o físico inglês James Chadwick, determinou no núcleo, as partículas sem carga com massa praticamente iguais as do próton e as chamou de nêutrons.

Atualmente, o modelo mais moderno para o átomo é o MODELO QUÂNTICO,  que indica que os elétrons não giram em órbitas. Os estudos quânticos demonstram que só é possível a presença de um determinado número de elétrons em cada nivel energético.  A maneira como estão distribuídos é conhecida como distribuição eletrônica.  Os elétrons da ultima camada são responsáveis pelo comportamento quimico do elemento e consequentemente chamados de elétrons de valência.  
A região mais propícia para se encontrar um elétron é chamada de orbital.